Cenas e coisos do ginásio #1

31 maio 2014
Nada melhor que ir abanar o rabo para afogar as mágoas. Há muito tempo que não abanava tanto o meu xiquinho. Melhor mesmo é ter uma instrutora que se ri à gargalhada dos nossos abanos e fica muito pouco contente se não se abana como deve de ser. Para não falar do gangnam style. Sim, isso mesmo que estão a pensar. É ver cerca de 20 caramelas (vá, 19 caramelas e 1 caramelo) a fazer figurinhas. A seguir danças africanas e kizomba. O abano era tanto que por momentos pensei que ia desconjuntar qualquer coisa. Limitei-me a afanar um joelho (a merda dos 30 a trazer caruncho). Safou-se o mambo, o samba e a salsa. Afinal aquilo não é zumba, é sh'bam. Fomos enganados, zumba só mesmo no nome. O zumba para além do abano tem o roça-roça e mais não sei o quê à mistura, mas a instrutora não gosta disso. Claramente não quero imaginar se ela gostasse. Visão do demo! 
A minha colega do lado costuma ser uma rapariga de cor, muito provavelmente com raízes africanas, e isto para ela é peanuts. É vê-la dançar com suavidade e ritmo e aquilo sai que é uma beleza. Eu, é ver-me a desfrangalhar por ali afora e mesmo assim fica muito a desejar. O xico é pequeno e sumido por natureza. Não há competição possível.
Perco litros de água naquela aula e fico vermelha que nem um tomate como se tivesse corrido a maratona. Tento não abater à chapada uma senhora que lá vai de vez em quando e não pesca nada daquilo. Se rodamos todos para a direita, ela roda para a esquerda. Passamos a vida a dar encontrões fofinhos e amorosos.
Tentei ir alegrar as vistas à zona de musculação. Senti-me a educadora num jardim de infância. Era dia de creche e esqueceram-se de me avisar, tal não era a quantidade de barba rala que por ali andava. 
Resignei-me e fui enfardar um hamburguer. E desculpem lá, mas sim, eu ainda me posso dar ao luxo de comer estas coisas. 

Ah memories, not so sweet memories

30 maio 2014
Não me arrependo de (quase) nada do que fiz na vida. Talvez mais facilmente me arrependa do que não fiz e podia ou gostaria de ter feito. Mas há alturas em que gostava de poder eliminar pessoas da minha vida. Eliminar memórias, momentos. Algumas não estão cá a fazer nada. Não me arrependo de as ter conhecido, de terem feito parte da minha vida. Mas passado é isso mesmo, passado, e não faz cá falta nenhuma. Podem argumentar que as experiências, boas e más, definem a pessoa que somos. Podem dizer que há sempre algo a aprender mesmo nos piores momentos da vida. Mas caramba era muito mais feliz há 10 anos atrás. Mais leve, mais despreocupada, mais alegre. Acreditava mais na vida e no amor. O que eu não dava, para ser como era há 10 anos atrás. Sim, sem dúvida. 
Vivi. Não deu e correu mal? Apaga! Reset e começa de novo. Elimina e deita fora. Sem recordações. Tão mais simples. Tão menos complicado. Tão menos doloroso. Não remoía os assuntos. Não sentia saudades do que já foi. Não tinha medo do futuro. Não me preocupava com os ses. Não doía como dói.

Coisas da Psicologia #13

29 maio 2014
"Qualquer um pode zangar-se - isso é fácil. Mas zangar-se com a pessoa certa, na justa medida, no momento certo, pela razão certa e da maneira certa - isso não é fácil"

Aristóteles

Uma ideia gira para o Dia da Criança

28 maio 2014
Concurso - DIA MUNDIAL CRIANÇA 2014


Quem tem piquenos é favor concorrer. É uma ideia muito gira e original, de certeza que eles vão adorar!



Quando a vida se torna num grande molho de brócolos...

... e só tenho caca de galinha na cabeça.

Parece que vou ter de alterar mais de metade do meu projecto de tese. A empresa cliente com a qual iria trabalhar adiou tudo para 2015. Portanto se quiser terminar isto ainda este ano tenho de ter uma ideia genial e rapidamente.
Para ajudar, "varreuse-me" completamente da memória que me tinha inscrito num curso de gestão de carreira. Que começa hoje. E que a única coisa que me pedem é tempo para trabalhar no curso durante 6 semanas  (Oh God!).

A sério, mais alguma coisa?

Bela maneira de começar o dia

27 maio 2014
A carteira com os documentos e com o dinheiro ficou em casa. Só me apercebi quando cheguei ao trabalho e fui (tentar) tomar café. Conduzi de casa até ao trabalho sem um único documento de identificação. 
Estou com um pânico miudinho porque passo pela polícia todos os dias. Parece que eles gostam particularmente de uma rotunda que faz parte do meu percurso diário, e todos os dias (manhãs e tardes), todos sem excepção, há carros parados com condutores a mostrar os documentos. Com a tendência que eu tenho para viver de acordo com a lei de Murphy, até tenho suores frios só de pensar em pegar no carro para ir para casa. 
E não, não posso ficar até tarde no emprego a fazer tempo. Isto porque: 1- tenho consulta com o Dr. J. e tenho de pagar ao homem; 2- não posso conduzir até Lisboa sem documentos e também não dá para ir de transportes porque também não tenho dinheiro para pagar os bilhetes. Nem uns míseros 50 cêntimos tenho no bolso! 
Resumindo, vou ter de sair mais cedo do trabalho para ir a casa, rezar aos anjinhos todos para que a minha caganita de quatro rodas passe discretamente pelos polícias e eu consiga sobreviver ao trânsito e chegar a horas à consulta.
Isto tudo depois de um dia a tentar escrever um CV em franciú e não me sair um cagalhoux.

É mais ou menos este o estado da minha tese...

26 maio 2014

Tenho que aprender a não reclamar...

24 maio 2014
Reclamei que tinha a vida ocupada. Pois bem, chefinha querida agora precisa do meu CV, detalhado quase ao pormenor, em francês.
Não percebo um cú de francês! Nem eu, nem ela. Disse-me para usar o google e rezar para que fique bem.
Bela bosta...

Eu, o futebol e as gaffes

Pois parece que o jogo da Liga dos Campeões afinal é só hoje. O que eu percebo disto! Pronto, os espanhóis eram muitos na mesma. Amantes do desporto desculpem lá qualquer coisinha.

Estou para lá de podre!

23 maio 2014
Esta semana foi dose. A minha profissão de rotineira nunca teve nada, o que eu adoro, mas nesta semana foi demasiado. Fui a seminários, organizei outros, dei formação, fiz experiências no laboratório, tive carradas de papel para "lamber" no escritório.
Para além disto, avariou-se um dos aparelhos aqui do lab pelo qual sou responsável, e que tem um valor de 6 dígitos para cima. O técnico, pessoa já com bastante experiência no ramo, nunca viu tal coisa, não sabe o porquê e muito menos como resolver. Já tentámos de tudo: limpezas práqui, testes práli, peças novas em vários sítios, e nada. O problema continua. Resta-nos rezar que os suecos, fabricantes do bicho, tenham alguma ideia luminosa. Na próxima semana a saga continua.
Só me apetece ir dormir. Aterrar na cama e só acordar daqui a uns dias. Mas não. Vou agarrar no pópó, enfiar-me em plena 2ª circular, exactamente à hora do jogo da Liga dos Campeões e completamente minada de espanhóis, para ir dar um beijinho à prima que faz hoje um quarto de século e beber uns copos para afogar as mágoas. Pior, pior é que só consigo pensar que janta e copos esta noite mais a bebedeira de sono que tenho em cima, vai significar que amanhã de manhã vou ficar na ronha e tese de mestrado que é bom, népias! Porque sim estou super atrasada com os planos, porque sim durante a semana é quase impossível de fazer o que quer que seja e porque qualquer dia o meu orientador recusa-se a ser chamado de tal, de tanto me dar nas orelhas e eu não andar com a coisa para a frente.
Para ajudar, o Dr. J. achou que seria bom eu ler um livro sobre inteligência emocional.

Vou ali morrer um bocadinho e já volto...

Gajos que me enervam #1

19 maio 2014
- Aqueles que logo à partida acham que sou "loura burra".

Não, não preciso que me expliquem as anedotas.
Não, não preciso que me façam um desenho do fim do filme.
Não, também não preciso que me digam o  que está subentendido no final da peça de teatro.




Doudou



Um projecto muito giro e com muita imaginação, lançado hoje. Conheço pessoalmente a autora e a ideia é divulgar. Mamãs, papás, tias, tios, avós, este é um projecto para fazer a nossas crianças felizes. Feito por uma portuguesa em Portugal..




Ideias luminosas dos aprendizes de cientistas cá da "casa"

"Pollen is essentially 'plant sperm'.
Therefore, this makes hay fever an STD.
Since no one voluntarily takes in pollen, I've deduced: We are all being raped by trees."

World Baking Day

18 maio 2014
Quando me sentei ao computador e li que hoje é o World Baking day, já o menino abaixo estava no forno. Pura coincidência.


Não é nenhum bolo xpto, nem ficou tão bom como de costume. Primeiro, porque depois das mudanças não me lembro onde coloquei as minhas receitas e coisas feitas a olho, na grande maioria das vezes dá asneira. Segundo, porque depois de mandar a balança ver a avózinha do céu, ainda as coisas me saem mais a olho (e mais ao lado). Mas, no fim de contas, até nem está mau e lá dei o meu contributo.

Teatro da Trindade

17 maio 2014


Não é a melhor peça de teatro do país mas são duas horas de risota, beijos e alguma intriga. Para mim a melhor é a Custódia Gallego, das poucas que me faz rir com gosto.

Falando em santos...

...lembrei-me disto!
Acho que o Santo António ficou ofendido e resolveu ignorar-me ... ou foi despedido pela Troika... e raptou o cupido.

A isto chama-se "uma paciência desgraçada para me aturar"

16 maio 2014


Optimismo entre colegas

Ao bufar pela 584ª vez:

Colega de trabalho - Então isso vai?
Eu - Estou a trabalhar num poster sobre um processo que foi feito em 2009 e do qual 80% é confidencial.
Colega de trabalho - Estás na merda portanto...
Eu - Basicamente.

Quésta méda pá???

Oh S. Pedro!

Chuva a potes com 27ºC?
Esquizofrenia ou bipolaridade, deal with it!
Desenmerda-te que aqui o je tem que ir trabalhar para o bronze este fim de semana.

Se snifarem cenas estranhas, não tentem fazer compras a seguir

15 maio 2014
Final do dia de trabalho, fila da caixa do supermercado, eu com carrinho cheio e a gaja estúpida que nem uma porta  senhora que ia à minha frente, com ar de tia de cascais que passou o dia na praia a fumar umas ganzas cansaço e óculos escuros.

Começou por colocar as suas coisas no tapete rolante. Deixa-o andar um bocado e quando eu já ia de abacaxi na mão, pronta para colocar as minhas compras, atira a mala de mão e o seu micro saco da ZARA no tapete e vai-se sentar na cadeira da caixa do lado, com ar de quem está prestes a morrer. (Conseguir o bronzeado que ela apresentava dá trabalho minha gente! Especialmente quando a época balnear ainda mal começou).
Lá me resignei, e o abacaxi voltou ao carrinho. O tapete avança. A dita senhora levanta-se, pega na mala para procurar sabe-se lá o quê e eu pensei "é desta!". Abacaxi em cima do tapete rolante, viro-me 30 segundos para pegar no resto das compras e a gaja estúpida e vesga que nem uma porta porque continua de óculos escuros postos querida senhora afinfa-me com a mala em cima do abacaxi e volta a sentar-se na cadeira à espera da vez dela. Bufei cinquenta vezes sem resultado. Percebi que pelo estado de coisas a mais na veia e estupidez natural cansaço da senhora, achei que não valia a pena refilar ou só ia aumentar ainda mais a fila que se formava atrás de mim e nem tão cedo eu me iria livrar daquilo. Calmamente, lá fui eu em socorro do meu abacaxi quase a morrer sufocado debaixo da mala da madame
Chega a vez dela. Depois de mais de cem euros somente em produtos de beleza (nem uma folhinha de alface à mistura para tentar disfarçar) chegou a altura de pagar. E aviso já que estamos a falar de produtos de hipermercado, nada de marcas caras, portanto com mais cem euros vejam a tralha que ela para lá levava. Assim que abriu a boca para falar com quem a atendia,  pensei "Oh Maria, tu andaste a snifar qualquer coisa antes de vires para cá ou é impressão minha?", tal não era a trapalhada que para ali ia. 
Ora bem, então é preciso pagar e se as malas das senhoras já são por norma atulhadas de quinquelharia que muitas vezes não nos serve para coisa nenhuma difíceis, imaginem terem de procurar alguma coisa de óculos escuros postos. Desde ter despejado a mala em cima dos sacos das compras (dentro dos quais perdeu metade do conteúdo da mala) para encontrar a carteira, a ter tentado pagar com um cartão que parecia tudo menos um cartão de um banco, aquilo foi uma festa. E claro, sempre de óculos escuros postos, que aquilo ali pelas bandas dos hipermercados é cá um sol e umas luzes estranhas que nos encandeiam a vista. Escusado será dizer que ainda teve de voltar atrás em busca de sacos esquecidos.

Sabem aquela do "se beber não conduza"? Pois, é algo do género.

P.S. Quando chegou a minha vez, o rapaz da caixa teve pena do meu abacaxi, colocou-o num saco sozinho e disse-me que era para ir "direitinho".

O mundo é uma ervilha

14 maio 2014
Qual é a probabilidade de em plena rua lisboeta, me esbarrar com uma colega de escola, algarvia de gema como eu, que não via há mais de 15 anos?

Pareço uma grávida

Resolvi seguir um dos conselhos da 2ª nutricionista. Afinal, mal não há-de fazer.
Aconselhou-me a beber 1,5 L de água por dia. Até me deu alguns truques de como enganar a "não-sede". Só se esqueceu de me avisar da incontinência que isto dá. Ainda nem atingi o 1 L diário e já passo o tempo todo agarrada à sanita.
Acho que vou dispensar a parte dos legumes...

Homens...

13 maio 2014
... só mesmo à chapada!

Nutricionistas, PTs, espelhos e coisas afins

Os meus 57 Kgs no meu 1,70m sempre me deram muitas dores de cabeça. Primeiro porque para chegar aos 57 foi um pincel e acho que aconteceu simplesmente porque faz parte do avançar da idade. Segundo, porque não consigo passar dos 57 e começo a ficar enjoadinha dos "ah mas és tão magrinha, tu não comes?".
Não gente, eu não como, eu vivo do ar mesmo. Nem sei como é que eu ainda me aguento de pé. É realmente um  milagre.

Ironias à parte, uns quilinhos a mais eram bem-vindos e como qualquer pessoa já procurei ajuda profissional. Mas da mesma maneira que vocês devem de estar a revirar os olhos neste momento (ah e tal ela come de tudo sem engordar e ainda se queixa), as nutricionistas por onde passei fizeram mais ou menos a mesma coisa.

Consultei duas e acho que já estou vacinada. A primeira passou-me uma dieta que me fez perder ainda mais peso, e apesar de eu reclamar que ficava com fome ela insistia que tinha de ser assim. Deixei de lá ir. A segunda e mais recente, disse-me que tenho a massa gorda dentro do normal, o IMC normal, tudo dentro do normal. Recomendações: beber mais água e comer mais legumes. Oi??? e a parte do querer ganhar peso?? É cruzar os dedos e esperar que funcione? Isto não vai lá com ervas, acreditem. Mais uma desistência.

De regresso ao ginásio. Resisti a voltar ao meu ginásio do coração, o meu cutchicutchi mas que custava os olhos da cara, a roupinha do corpo e tudo mais que possam imaginar e resignei-me a um mais baratinho. 
Primeiro passo: plano de treino. Em conversa com o instructor deixei bem claro que o objectivo seria ganhar massa muscular e tonificar sem perder peso. Acima de tudo sentir-me bem e saudável mas sem perder peso. Uma semana depois chega o plano. Objectivo proposto pelo PT? Perder 3Kg. Plano de treino directamente no lixo.

Posto isto ou os PTs/nutricionistas andam a precisar de óculos e aparelhos auditivos ou preciso de mudar os espelhos lá de casa. Aviso já que no próximo comentário "tu és muito magrinha não és?", não se admirem se me sair algo como "não filho/a, isto é apenas ilusão óptica" ou "nada disso, sou apenas uma gorda disfarçada".

Quando as coisas não acontecem só aos outros

12 maio 2014
Quantas vezes já vivemos determinadas situações com uma certa "leveza", com um "ena pá isso é chato" e seguimos como se nada fosse, porque na realidade achamos que isso é coisa que só acontece aos outros. Porque só acontece por burrice, por má organização ou por muito má sorte. 
Até que acontece connosco. Acontece e acabamos por sentir que é demasiado surreal, que nunca imaginámos que fosse possível, que parece um pesadelo e só pensamos em acordar.

Neste momento estou mais ou menos assim. É mau. Céus, é tão mau. Ainda não posso dar grandes pormenores. Estou a tentar perceber como se vai desenrolar a situação. A diferença será o contar por desabafo ou o fazer um escarcéu do tamanho do mundo para quem quiser e não quiser ouvir. Aguardemos.

Mas é assustador. Muito assustador.


Coisas da Psicologia #12

08 maio 2014
Viver uma relação aos 20 anos não é a mesma coisa que viver uma relação aos 30, da mesma maneira que é diferente aos 40 ou aos 50 anos. A maturidade é diferente, a maneira de estar na vida é diferente, aquilo que queremos para nós e da vida é diferente, as experiências passadas (e as desilusões) são diferentes e por isso as nossas expectativas também.
Mas e o friozinho na barriga? O entusiasmo? O amor à primeira vista? O deixarmo-nos levar? O desejo? A paixão? O sorriso estúpido na cara quando o telefone toca? A química? Será que isto também é diferente?
De acordo com o Dr. J. sim, é diferente. Apaixonarmo-nos com esta leveza de espírito, as borboletas no estômago, o nervoso miúdinho, o querermos estar juntos sem mais nada importar vai-se perdendo com a vida, com as más experiências, com o crescer. A partir de uma certa idade esperar sentir o friozinho na barriga quando se encontra alguém, é apenas colocar as expectativas demasiado elevadas e a probabillidade de sairmos frustados ser maior. Porque estamos mais magoados, porque nos tornamos mais desconfiados, porque a entrega inicial se torna diferente.
Mas será mesmo assim?
Não sei se concordo com isto. É verdade que as relações se constroem, que o amor cresce muitas vezes onde inicialmente não havia nada, que tantas outras vezes a paixão inicial não significa mais do que isso mesmo uma paixão inicial. Mas abdicar das borboletas, da paixão, da atracção à primeira vista, não será uma maneira de nos acomodarmos? De aceitarmos algo "morno" porque não vamos conseguir melhor? Porque dá trabalho? Porque significa ficarmos sozinhos algum tempo até encontrarmos o "bom" quando o "assim- assim" está logo ali? É verdade que o "assim-assim" pode melhorar e o "bom" se tornar péssimo. Mas não será isto baixar os braços e deixar de tentar ser feliz?

Dá que pensar...

Como derreter uma balança de cozinha em 8 passos

Isso mesmo que acabaram de ler. Como derreter uma balança de cozinha em 8 passos.

Eu explico.

Passo 1 - Estar em modo mudanças, de preferência já nos últimos dias, farta de arrumar e carregar caixas, malas, sacos, coisas.
Passo 2 - Querer aproveitar o espaço do carro ao máximo para fazer menos viagens.
Passo 3- Achar que a pequena balança da cozinha cabe perfeitamente dentro do mini forno. Poupa espaço e a carga é só uma, uma espécie de dois em um.
Passo 4 - Apetecer fazer uma tarte/assado no forno, dois a 3 dias depois de mudar tudo. Mais tempo não é aconselhado pois pode ter efeitos de avivar a memória, dado que poderá boicotar de todo esta receita.
Passo 5 - Pré-aquecerem o forno a uma temperatura desejada, durante pelo menos 15 minutos, sem abri-lo nem olhar para o que possa estar lá dentro.
Passo 6 - Ignorar completamente o que se passa na cozinha e ir calmamente para a sala, enquanto espera pelo sinal sonoro que indica que os 15 minutos terminaram.
Passo 7 - Exactamente 30 segundos antes do sinal sonoro, ter um arrebate de memória, uma lembrança súbita do acto de colocar a coitada da balança dentro do forno.
Passo 8 -Correr que nem uma desalmada para a cozinha, abrir o forno (que neste momento deverá ter um cheiro intenso a plástico queimado), olhar para a bola de plástico que lá estará dentro e chamar-se a si mesma nomes de fazer inveja a qualquer dicionário.

E voilá! Nada mais simples! (E não, nada disto é fruto da minha imaginação)

Se neste momento se estiverem a perguntar "Como é que raio é que ela faz estas coisas?". Isto meus amores, não é para todos. Da mesma maneira que o Super-Homem voa e o Cristiano Ronaldo marca golos, eu faço estas proezas culinárias ao estilo do MasterChef dos desgraçados. É como o outro diz, são muitos anos a virar frangos.

Coisas da Psicologia #11

07 maio 2014
O motivo que nos leva a procurar ajuda, a gota que faz transbordar o copo, muitas das vezes acaba por se revelar apenas a ponta do iceberg. Neste momento, percebo que o meu iceberg dava para afundar quatro ou cinco Titanics de uma vez só.

Já cá canta mais uma

Após algumas dores de joelhos, de braços e da veia teatral realçada, parece que temos socorrista certificada. Agora atrevam-se a ter "piripaques" ao pé de mim.

Gajas que me enervam #1

04 maio 2014
As exibicionistas

Depois de me assoar com o nonagésimo quinto lenço de papel.
Colega do lado: Tens de pôr creme no teu nariz, está todo vermelho.
Eu: Pois, parece que sim.
Colega do lado: Não tens? Olha que o das mãos não serve. Queres um bocadinho do meu?
Eu: Err...se não te importares...
Colega do lado (depois de me colocar uma caganita de creme na ponta do dedo): mas usa-o bem, cada frasco destes custa 50 euros!!



Daquelas merdas que só mesmo comigo

02 maio 2014
Queimei o couro cabeludo com o secador do ginásio. Fosgasse.