É suposto ser um assunto mais ou menos tabu, daqueles que toda a agente sabe que existe, muitas já passarm por ele mas ninguém comenta. É feio e passamos por badalhocas. No entanto é cada vez mais comum e pelo menos 3 em cada 4 mulheres irão tê-lo uma vez na vida. E isto tudo porque ainda é considerada por muitos, incluindo alguns médicos, como uma doença sexualmente transmissivel, quando na realidade não o é.
Eu explico.
A Candidiase Vaginal é uma infecção causada por um fungo chamado Candida Albicans. Este fungo faz parte do ambiente normal da nossa amiga lá de baixo. Nascemos com ele, sempre lá esteve e se não estiver é mau sinal. Existe também na pele, nos intestinos e na boca, o que engloba também os homens. Já ouviram falar dos 'sapinhos' na boca? Que aparecem quase sempre nas crianças? Pois é...
Os sintomas acontecem quando por algum motivo, o ambiente em que o fungo existe é alterado e ele desata a crescer que nem um maluco. Isto pode ser provocado pelo uso de medicamentos, contraceptivos orais (olarilas!), stress, defesas em baixo, uso de roupa interior sintética e por ai adiante, com especial incidência em grávidas e mulheres menstruadas (ou seja todas nós). Esta doença foi associada ao sexo, pois o movimento do coito pode alterar algumas das características normais do sistema, como por exemplo a acidez normal da vagina, o que leva a que o fungo cresça acima dos valores desejados.
Para quem nunca teve (sortudas!), os sintomas passam por um ardor e uma comichão que não lembram a ninguém, um corrimento branco que lembra 'queijo coalhado' (este médicos fazem cá com cada associação!) e um cheiro bastante característico. O diagnóstico é muito simples e o tratamento idem. Existe o risco de recaídas e pode até tornar-se crónica. Neste caso, convém mesmo ir ao médico pois pode acultar algo mais grave e que nada tem a ver com a candidiase em si.
Como prevenir? Não fazer duches vaginais, lavar com sabonete de pH neutro (5.5) e secar muito bem a zona, não usar roupa apertada nem de material sintético. Não previne a 100% mas ajuda.
Se estiverem com a infecção tratem-se e larguem o homem por uns tempos, brincam com ele depois. Até porque tenho as minhas duvidas que cheguem sequer a ter vontade, mas se isso acontecer usem preservativo.
Aconteceu comigo e acabei por ter que pesquisar por conta propria. Achei útil partilhar. Para aquelas que estão, tal como eu estive, com vergonha de fazer demasiadas perguntas.
Olha miga infelizmente já tive várias vezes. Aliás, basta tomar um antibiótico de largo espectro que destabilize a flora comensal da dita, que as oportunistas das leveduras aproveitam-se.
Realmente ainda anda por aí mto gente mal informada!
Beijinhos